SIGA, E NÃO FAÇA PERGUNTAS, por Rev Daniel Rocha
SIGA, E NÃO FAÇA PERGUNTAS
“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado
Levi sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me!
Ele se levantou e o seguiu” (Mateus 9.9)
Sempre me fascinou o fato de Jesus ter chamado alguns homens para segui-Lo e eles de pronto abandonarem seus afazeres, sem nada perguntar. Aos pescadores disse-lhes: “vinde após mim”, e estes “deixaram imediatamente as redes e o seguiram” (Mt 4.20). Encontrou a Levi, o publicano, sentado na coletoria, e chamou-o: “Segue-me!” e ele “se levantou e o seguiu” (Mt 9.9).
Cadê o programa? O contrato? Quais são os riscos? Onde estão as garantias? É bem provável que eles já tivessem ouvido falar do Messias, mas isso não diminui o valor do passo que deram.
Talvez a palavra que melhor resume uma vida cristã seja justamente esta: “Segue-me”. O que Jesus deseja que eu faça não é decorar um conjunto de regras, nem praticar diariamente determinados rituais, mas simplesmente segui-Lo.
De uma forma geral olhamos o que as pessoas estão fazendo em suas vidas, e de pronto exclamamos para elas: abandonem a bebida... parem de se prostituir... chega de mentir.... É a tentativa de mudar comportamentos sem que se mude o indivíduo. Felizmente, o programa de vida que Jesus tem pra nós começa com uma só palavra: “Segue-me!”.
Se formos honestos haveremos de reconhecer que somosseres disfuncionais, que precisam de constantes ajustes. Jesus sabe disso e em nenhum momento Ele espera que eu apresente “melhoras” para acompanha-lo. Ao contrário, segui-lo é o tratamento que Ele tem para as minhas disfunções.
E nisso, estamos todos na mesma luta, qual seja, a de submeter o nosso ser a Cristo e vencer o pecado que deseja nos dominar. O avarento, “que é idólatra” (Ef 5.5), mas vai à igreja, não está em melhores condições que um seguidor de Krishna.
Levi, por exemplo, pertencia à classe dos publicanos, que não eram bem-vistos pelo povo.Eles eram classificados entre as prostitutas e os pecadores mais vis. Talvez hoje fôssemos até ele e tentaríamos convence-lo de seus erros. Jesus, porém, vai ao seu encontro e simplesmente o convida a segui-lo – e nenhuma palavra sobre o seu estado!
Possivelmente muitos cristãos terão de conviver o resto de seus dias com alguns traços, propriedades, mazelas ou doenças interiores que estão arraigadas na alma. No fundo sabem que, por amor a Cristo, haverão de trilhar uma vida de renúncia – diária, árdua, consciente, mas não amargurada. É como o alcoólatra que renunciou à bebida, mas cônscio que o mal continua vivo dentro dele, e precisará contar com a fé em Jesus enquanto viver. O apóstolo Paulo teve um espinho na carne (2Co 12.7), e parece ter suportado isso por toda sua vida. A Bíblia revela que Elias era um homem semelhante a nós, sujeito às “mesmas paixões” (Tg 5.17), e mesmo assim Deus o transladou ao céu. Até o rei Davi, em sua velhice, com o corpo entorpecido, senil e depauperado, conservou até o fim o gosto de estar ao lado de uma moçoila, nem que fosse só para se aquecer (1Rs 1.1-4).
Claro que seguir a Cristo também envolve a mente e tem um sentido racional. Mas há muitos desonestos intelectuais que não se cansam de fazer perguntas. Não que a resposta irá ajudá-los a tomar uma decisão, mas porque tão logo se lhe respondam, já maquinam outra e outra dúvida.
Há pessoas que querem respostas às perguntas mais infantis. É gente que fecha os olhos às metáforas e à poética bíblica, porque desejam transformar as Escrituras num tratado científico. E pior, nem são originais em suas dúvidas. Qual o medo? Sabem no íntimo que se der por convencidas terão de “abandonar suas redes”.
Em Cristo não haverá respostas “a priori”. É preciso ter a coragem de se levantar e segui-Lo. A estes, Ele dará total atenção, revelará o que há em seus corações, contará segredos reservados aos que Lhe são íntimos e desvelará tesouros ocultos. São aos seus discípulos e seguidores que Ele se agrada em dizer coisas que jamais diria às multidões, e responderá para nós algumas questões– não todas – pois em nossa finitude seríamos incapazes de compreender.
Faça como Levi: levante-se e siga o Mestre sem fazer muitas perguntas. No momento certo ele te explicará.
Pr. Daniel Rocha - pastor da IM em Itaberaba
dadaro@uol.com.br
“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado
Levi sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me!
Ele se levantou e o seguiu” (Mateus 9.9)
Sempre me fascinou o fato de Jesus ter chamado alguns homens para segui-Lo e eles de pronto abandonarem seus afazeres, sem nada perguntar. Aos pescadores disse-lhes: “vinde após mim”, e estes “deixaram imediatamente as redes e o seguiram” (Mt 4.20). Encontrou a Levi, o publicano, sentado na coletoria, e chamou-o: “Segue-me!” e ele “se levantou e o seguiu” (Mt 9.9).
Cadê o programa? O contrato? Quais são os riscos? Onde estão as garantias? É bem provável que eles já tivessem ouvido falar do Messias, mas isso não diminui o valor do passo que deram.
Talvez a palavra que melhor resume uma vida cristã seja justamente esta: “Segue-me”. O que Jesus deseja que eu faça não é decorar um conjunto de regras, nem praticar diariamente determinados rituais, mas simplesmente segui-Lo.
De uma forma geral olhamos o que as pessoas estão fazendo em suas vidas, e de pronto exclamamos para elas: abandonem a bebida... parem de se prostituir... chega de mentir.... É a tentativa de mudar comportamentos sem que se mude o indivíduo. Felizmente, o programa de vida que Jesus tem pra nós começa com uma só palavra: “Segue-me!”.
Se formos honestos haveremos de reconhecer que somosseres disfuncionais, que precisam de constantes ajustes. Jesus sabe disso e em nenhum momento Ele espera que eu apresente “melhoras” para acompanha-lo. Ao contrário, segui-lo é o tratamento que Ele tem para as minhas disfunções.
E nisso, estamos todos na mesma luta, qual seja, a de submeter o nosso ser a Cristo e vencer o pecado que deseja nos dominar. O avarento, “que é idólatra” (Ef 5.5), mas vai à igreja, não está em melhores condições que um seguidor de Krishna.
Levi, por exemplo, pertencia à classe dos publicanos, que não eram bem-vistos pelo povo.Eles eram classificados entre as prostitutas e os pecadores mais vis. Talvez hoje fôssemos até ele e tentaríamos convence-lo de seus erros. Jesus, porém, vai ao seu encontro e simplesmente o convida a segui-lo – e nenhuma palavra sobre o seu estado!
Possivelmente muitos cristãos terão de conviver o resto de seus dias com alguns traços, propriedades, mazelas ou doenças interiores que estão arraigadas na alma. No fundo sabem que, por amor a Cristo, haverão de trilhar uma vida de renúncia – diária, árdua, consciente, mas não amargurada. É como o alcoólatra que renunciou à bebida, mas cônscio que o mal continua vivo dentro dele, e precisará contar com a fé em Jesus enquanto viver. O apóstolo Paulo teve um espinho na carne (2Co 12.7), e parece ter suportado isso por toda sua vida. A Bíblia revela que Elias era um homem semelhante a nós, sujeito às “mesmas paixões” (Tg 5.17), e mesmo assim Deus o transladou ao céu. Até o rei Davi, em sua velhice, com o corpo entorpecido, senil e depauperado, conservou até o fim o gosto de estar ao lado de uma moçoila, nem que fosse só para se aquecer (1Rs 1.1-4).
Claro que seguir a Cristo também envolve a mente e tem um sentido racional. Mas há muitos desonestos intelectuais que não se cansam de fazer perguntas. Não que a resposta irá ajudá-los a tomar uma decisão, mas porque tão logo se lhe respondam, já maquinam outra e outra dúvida.
Há pessoas que querem respostas às perguntas mais infantis. É gente que fecha os olhos às metáforas e à poética bíblica, porque desejam transformar as Escrituras num tratado científico. E pior, nem são originais em suas dúvidas. Qual o medo? Sabem no íntimo que se der por convencidas terão de “abandonar suas redes”.
Em Cristo não haverá respostas “a priori”. É preciso ter a coragem de se levantar e segui-Lo. A estes, Ele dará total atenção, revelará o que há em seus corações, contará segredos reservados aos que Lhe são íntimos e desvelará tesouros ocultos. São aos seus discípulos e seguidores que Ele se agrada em dizer coisas que jamais diria às multidões, e responderá para nós algumas questões– não todas – pois em nossa finitude seríamos incapazes de compreender.
Faça como Levi: levante-se e siga o Mestre sem fazer muitas perguntas. No momento certo ele te explicará.
Pr. Daniel Rocha - pastor da IM em Itaberaba
dadaro@uol.com.br
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